Você sabe o que é ou como funciona um consórcio? E as taxas presentes no contrato?
Neste artigo nós iremos descobrir o que, de fato, é um consórcio, quais as principais taxas cobradas e como calcular o quanto você irá pagar nas parcelas, desde a taxa administrativa à reajustes e fundos de reserva. Vamos lá?
O que é um consórcio?
Antes de explicarmos quais são as principais taxas cobradas em consórcios você precisa entender o que eles são.
Se você ainda não está acostumado, consórcio é uma forma de autofinanciamento, uma forma de poupança programada e coletiva, para pessoas físicas e jurídicas, com fins de viabilizar a compra de bens ou serviços, como carros, imóveis, viagens, entre outros. Eles são gerenciados por instituições e administradores, que possuem autorização do Banco Central, pelo qual também são fiscalizados.
Os consórcios oferecem uma alternativa para quem deseja realizar uma compra planejada, mas não tem pressa para adquirir o bem ou serviço. Além disso, é uma maneira de economizar em grupo, sem a necessidade de pagar juros, como aconteceria em um financiamento tradicional.
É importante notar que participar de um consórcio envolve um comprometimento de médio a longo prazo, pois a contemplação pode demorar, e é fundamental continuar contribuindo até que todos os participantes tenham sido contemplados ao longo do período estabelecido.
O que é cobrado em um consórcio?
Como vimos, um consórcio é uma poupança programada e coletiva, para que você possa seguir com seus sonhos e realizar sua jornada financeira ou patrimonial. Nele, os participantes contribuem com pagamentos regulares, utilizados para formar um fundo comum, do qual os membros do consórcio serão contemplados ao longo do tempo.
Dessa forma, cada taxa desempenha um papel fundamental na sustentabilidade e no bom funcionamento do grupo. Se você está pensando em aderir a um consórcio, é crucial compreender as diferentes taxas obrigatórias que podem estar envolvidas. Continue a leitura.
Taxa de administração
A taxa de administração é a parte essencial de qualquer consórcio. Ela representa a remuneração da instituição ou administrador que gerencia os serviços prestados aos grupos de consorciados.
Em outras palavras, ela cobre uma variedade de serviços prestados pela instituição administradora. Isso inclui a organização de assembleias, a gestão do fundo comum, a análise de crédito dos participantes e a administração geral do consórcio.
Além disso, ela é diluída ao longo das parcelas mensais do consórcio, ou seja, ela é incorporada nas mensalidades, tornando o impacto financeiro mais acessível ao longo do tempo.
Como calcular a taxa de administração do consórcio?
Agora que entendemos o que é a taxa de administração e qual seu objetivo, podemos calcular qual a taxa do seu consórcio. Porém, antes de começarmos, você precisa saber que a taxa de administração pode variar em porcentagem e de um tipo de consórcio para outro. Por exemplo, consórcios de automóveis podem ter taxas diferentes de consórcios de imóveis.
O cálculo em si é relativamente simples, mas é importante compreender como ele é feito. Aqui está um exemplo básico:
Fundo de reserva
O fundo de reserva em um consórcio é uma reserva financeira adicional que pode ser utilizada para cobrir eventuais despesas ou situações imprevistas que possam surgir, como inadimplências, variações nos custos administrativos ou outras situações imprevistas que possam afetar o funcionamento do consórcio.
Assim como a taxa de administração, os envolvidos no consórcio irão contribuir para o fundo de reserva em parcelas regulares. Vale ressaltar que ele não é obrigatório, mas algumas instituições podem optar por adotá-lo em seus processos.
Antes de entrar em um consórcio, é de extrema importância que você tenha transparência por parte da instituição administradora do consórcio em relação ao uso e contribuições para o fundo, garantindo assim a confiança e compreensão por parte de todos os consorciados.
Para saber mais, veja:
Fundo comum
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o fundo comum é o valor pago pelo consorciado que será destinado à compra do bem ou serviço pelo contemplado.
A contribuição é definida da seguinte forma:
No exemplo acima nós trabalhamos com um percentual fixo, mas lembre-se: a instituição administradora pode fixar um percentual variável. Isto é, se a soma final for igual ao total contratado.
Seguro
Os tipos mais comuns feitos em consórcios são os Seguros de Vida e Invalidez Permanente e quebra de garantia. São os seguros que garantem a quitação do saldo devedor ou a continuidade do pagamento das parcelas em caso de morte ou invalidez do consorciado.
A decisão de contratar ou não um seguro muitas vezes vem do próprio consorciado, mas as instituições administradoras também podem solicitá-lo como um dos requisitos contratuais.
Por exemplo, aqui na Contempla nós não pedimos seguros de qualquer natureza. Acreditamos que essa prática serve para aumentar o valor do consórcio, contrariando nosso fundamento de trazer a melhor solução econômica para você.
Taxa de adesão
Assim como o seguro, a taxa de adesão nem sempre é considerada um requisito obrigatório na aquisição de um consórcio. Quando cobrada, pode chegar a 2% do valor do bem ou serviço desejado. Ela existe para cobrir custos administrativos, como despesas relacionadas à análise de crédito, elaboração de contrato e outras atividades.
Em outras palavras, a taxa de adesão é uma despesa única que os consorciados pagam no momento de adesão do consórcio, cobrindo os custos iniciais.
Reajuste
Não podemos dizer que o reajuste é uma taxa, mas sim um… reajuste? Ele é uma forma de manter o equilíbrio financeiro do consórcio.
Podem ocorrer reajustes anuais, nos quais os consórcios são baseados em índices econômicos; para a manutenção do poder de compra, mantendo as contribuições alinhadas à realidade financeira mesmo com inflação ou aumento nos custos associados ao bem ou serviço.
Para entender um pouco mais sobre consórcios, leia:
Consórcios têm juros?
Não, consórcios não têm juros! Isso mesmo, de acordo com o Banco Central, órgão governamental que fiscaliza e regulamenta todos os assuntos referentes aos mercado financeiro, consórcios não possuem juros pois são uma forma de autofinanciamento.
Isto é, neste modelo de compra, as pessoas sejam elas físicas ou jurídicas, se unem com o propósito construir um capital, pagando parcelas desde antes de fazer a compra do bem ou serviço.
Vale a pena fazer um consórcio de um bem?
Sim. Contudo, lembre-se que antes de contratar um consórcio você precisa saber que este é um investimento de médio a longo prazo, ou seja, você não terá acesso imediato ao bem ou serviço.
Saiba também que nenhuma das instituições administradoras podem garantir que você terá 100% de chance de contemplação; se isso acontecer, denuncie imediatamente à Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Por outro lado, existem sim pontos positivos ao adquirir um consórcio, como utilizar seus recursos do FGTS em consórcios para aquisição de imóveis e sistema de troca de chaves. Você oferece seu carro usado como lance para aumentar suas chances de contemplação.
Vantagens de fazer o seu consórcio com a Contempla
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